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NOVA QUEDA
PIB cai 1,7% no terceiro trimestre do ano

Data da notícia: 2015-12-01 11:06:24
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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 1,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Os dados das Contas Nacionais foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam a maior retração do PIB em terceiros trimestres, desde o início da série histórica em 1996.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda chega a 4,5%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres a queda é de 2,5%. No ano, o PIB acumula queda de 3,2%.

Na análise dos subsetores da economia, a agricultura teve retração de 2,4% no período, a indústria caiu 1,3% e o setor de serviços registrou queda de 1%. Os dados do IBGE mostram ainda que o consumo das famílias caiu 1,5% e o do governo, 0,3%.

Os dados, divulgados nesta terça-feira (1º), mostram que a recessão se aprofundou no período. Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2015 alcançou R$ 1,481 trilhão. É o terceiro trimestre seguido de queda, na comparação com os trimestres imediatamente anteriores. A economia já havia encolhido 1,9% no segundo trimestre e 0,7% no primeiro. Bastam dois trimestres seguidos de recuo para se considerar que um país está em recessão técnica.

Todos os setores da economia caíram, tanto na comparação com o trimestre anterior quanto na comparação com o mesmo período do ano passado. Investimentos e consumo das famílias também recuaram.

Agropecuária tem pior queda na comparação com o 2º tri

A agropecuária, que vinha resistindo à recessão e foi o único setor a crescer no segundo trimestre, teve a pior queda no terceiro, de 2,4%.

Na mesma comparação, a indústria caiu 1,3%, com encolhimento de 3,1% da indústria de transformação (que fornece máquinas e equipamentos para outras indústrias).

Com queda de 1%, o setor de serviços foi afetado pelo recuo de 2,4% do comércio.

Indústria encolhe 6,7% em relação ao ano passado

A indústria foi o setor com pior desempenho na comparação com o terceiro trimestre de 2014, registrando queda de 6,7%.

Atingida pela queda de 11,3% do setor de máquinas e equipamentos. Também caíram a produção de automóveis, eletrônicos, materiais plásticos e de borracha, metais, produtos têxteis e itens farmacêuticos.

A construção civil também apresentou recuo importante, de 6,3%.

O setor de serviços caiu 2,9%, na mesma comparação, com o terceiro trimestre do ano passado. Ele foi puxado para baixo, principalmente, pelo comércio (-9,9%).

A agropecuária também encolheu no período. O resultado negativo de 2% foi afetado por resultados negativos nas lavouras de café, cana, laranja, algodão e trigo, segundo o IBGE.

Revisão piora resultados anteriores

O IBGE revisou, e para pior, o encolhimento do PIB na primeira metade do ano. Antes, o órgão havia divulgado queda de 2,6% no segundo trimestre, o que foi revisado para -3%. O recuo do primeiro trimestre passou de 1,6% para 2%. Os dados se referem à comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

Estimativas para o ano

Economistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam que a economia tivesse encolhido 1,2% em relação ao trimestre anterior, e registrado queda de 4,1% em relação ao terceiro trimestre de 2014.

Até o fim do ano, o governo espera que o PIB encolha 3,1%, de acordo com previsão do Ministério do Planejamento.

Por sua vez, analistas de mercado consultados pelo Banco Central para o boletim Focus esperam queda de 3,19%. O FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê resultado negativo em 3%.

* Com informações da ABR e agências de notícias

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